APÓS O PERÍODO DE VEDA DE ALGUMAS ESPÉCIES, MARGARIDA CHONGO ABRE CAMPANHA DE PESCA 2024

A província de Gaza prevê produzir na presente época cerca de 22 Mil toneladas de produtos provenientes da actividade pesqueira, número que representa uma ligeira redução face ao registado no período passado mas de bom agouro em função dos desafios significativos que caracterizam o sector.

Tal informação foi tornada pública na manhã de hoje por ocasião do lançamento oficial da campanha de pesca 2024, que decorreu na cidade de Xai-Xai sob orientação da Governadora da Província de Gaza, Margarida Sebastião Mapandzene Chongo, circunstância em que fez uma relevante radiografia a volta do ambiente pesqueiro nesta unidade territorial.

A dirigente revelou que só no primeiro trimestre deste ano já foram licenciados um total de 123 pescadores recreativos e duas novas embarcações de pesca semi industrial, informações que indicam a utilização de 227 artes de pesca de um plano de mais de 2400 até ao final da campanha.

Na mesma intervenção, a governante sinalizou a fiscalização como um importante meio para que a actividade pesqueira seja sustentável, numa ocasião em que convidou não só os exploradores mas a população em geral para uma reflexão a volta dos malefícios da pesca nociva, com especial atenção para a degradação do ambiente marinho.

"A cerimónia de hoje não deve simplesmente representar o término do período de veda, mas constitui igualmente um momento meditação sobre a nossa atitude como usuários do mar, das massas de águas interiores, por forma a incentivar acções educativas que visam a protecção e preservação dos recursos marinhos e à sua exploração de forma sustentável." Apontou.

Durante a vigência do período de veda e defeso de camarão e caranguejo sobretudo na foz do Rio Limpopo, o sector inspeccionou um total de 407 artes de pesca, das quais 18 foram apreendidas e 14 destruídas, tendo sido igualmente recolhidos cerca de 690 quilogramas de pescado diverso.

Por isso, Margarida Chongo recomendou que não se deve baixar a guarda pela mudança de atitude:

"Para que a actividade pesqueira continue a prover alimentos, renda e emprego às nossas populações, é importante que se desencadeiem acções com vista a sensibilização das comunidades pescadoras à uma mudança de comportamento, impelindo estas ao uso dos recursos pesqueiros aquáticos no período pós veda. E nós como gestores públicos, continuaremos a assumir a responsabilidade primária de garantir o cumprimento das medidas de gestão bem como a contínua consciencialização no combate à pesca ilegal, poluição marinha e corte de mangal." Finalizou.