Governo defende inovação tecnológica não deve servir de pretexto para violação sistemática dos direitos da criança



Celebrado a 16 de Junho, o dia internacional da criança africana, data que remonta a tristes e chocantes acontecimentos, ocorridos no ano de 1976, em que milhares de estudantes protestavam contra a violação de seus direitos na cidade sul africana de Joanesburgo.


Volvidos 47 anos após sangrento massacre de Soweto, o continente debate-se ainda com inúmeros desafios no que diz respeito à melhoria das condições de vida sobretudo da criança, esta que em vários pontos de África é ainda submetida à diversas situações que ferem gravemente os seus direitos, nomeadamente o abandono, convivência com pessoas que fazem o uso abusivo de álcool e outras drogas e, tratamento negligente além de todas as formas de violência, seja de ordem física, sexual ou psicológica.


Com as atenções viradas para o estabelecimento de um ambiente tecnológico saudável, as celebrações provinciais da efeméride aconteceram na cidade de Chókwè e contaram com a presença de cerca de 110 crianças provenientes de diversas organizações de assistência social à grupos vulneráveis, acontecimento marcado igualmente por um repto lançado pela chefe do executivo segundo o qual a sociedade deve reflectir seriamente em relação ao tratamento dado ao mundo digital e seu impacto no desenvolvimento da criança.


Falando em reconhecimento ao papel das tecnologias de informação e comunicação no processo educativo, Margarida Chongo defendeu que o acesso aos meios electrónicos não deve em nenhum momento substituir o estreitamento das relações interpessoais, e argumentou ser fundamental tomar alguns cuidados ao promover a interacção digital em menores, recomendando aos pais e encarregados de educação a identificar os riscos que podem advir do mau uso de dispositivos tecnológicos por forma que não sirvam de pretexto para violação sistemática dos direitos da criança.


Noutro quadro, a dirigente admitiu que muito falta por fazer em prol da observação integral dos direitos dos petizes, tendo por isso garantido total empenho do Conselho Executivo Provincial na promoção de acções focadas no seu desenvolvimento saudável e, na mesma perspectiva, fez saber que ao longo do I trimestre do ano em curso foram assistidas cerca de 31 mil crianças órfãs e vulneráveis, estas que constam dos programas de acesso aos serviços sociais de base, nomeadamente educação, saúde e alimentação.


Vale referir que a cerimônia provincial de celebração do dia internacional da criança africana, hoje assinalado, aconteceu no enquadramento programa de governação aberta e inclusiva efectuada pela governante ao distrito de Chókwè, unidade territorial onde irá trabalhar por um período de dois dias.


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