RECOMENDA O PRIMEIRO-MINISTRO: Incluir acções de emergência nos planos anuais de gestão

O PRIMEIRO-MINISTRO recomenda a inclusão da componente gestão de situações de emergência nos planos anuais de trabalho de todos os organismos e instituições de intervenção social e económica no país. Segundo Carlos Agostinho do Rosário, saber lidar com tais cenários é uma imposição que deriva da necessidade de se responder ao impacto das mudanças climáticas que afectam a humanidade.
Falando ontem na cidade da Beira, durante a sessão do Conselho Operativo de Emergência em Sofala, o Primeiro-ministro lembrou que na sua última passagem por aquela região do país deixou orientações para se transformarem os bairros de reassentamento em focos de desenvolvimento, com todas as infra-estruturas de base como arruamentos, sistemas de abastecimento de água, escolas, hospitais, redes de energia eléctrica, unidades de comércio, machambas, entre outras facilidades, de modo a estimular a fixação das pessoas e manter população em áreas seguras.
Carlos Agostinho do Rosário destacou igualmente a necessidade de se observar o princípio de resiliência nas novas construções, frisando que “a emergência veio para ficar e não podemos gastar dinheiro todos os anos para fazer as mesmas coisas”.
Ressalvou que, na área da agricultura, deve haver maior aproveitamento da humidade resultante das chuvas abundantes, para uma maior produção e produtividade.
Entretanto, na apresentação do informe sobre a situação de emergência em Sofala, a secretária de Estado naquela província, Stella Novo Zeca, destacou, entre outros, a morte de oito pessoas e o desaparecimento de outras dez.
Acrescentou que a situação afectou mais de 71 mil pessoas, resultando na criação de 32 centros de acomodação, cuja maioria já foi desactivada. Referiu-se à destruição de extensas áreas agrícolas, vias de acesso e infra-estruturas como o Hospital Rural do Búzi, a unidade sanitária de Grudja, 27 escolas com 49 salas de aula, afectando mais de três mil alunos.
Ainda assim, Stella Zeca considerou que a situação está controlada, embora o período chuvoso ainda decorra.
Já na interacção com os afectados no bairro de reassentamento de Mandruzi, no Dondo, que conta com 1850 pessoas, o Primeiro-ministro assegurou que o Governo e parceiros vão redobrar esforços para a melhoria das condições de vida das comunidades afectadas.
Elogiou a atitude das pessoas que se fixaram em lugares seguros e manifestou o desejo de ver as vítimas reassentadas no distrito costeiro do Búzi a fazerem o mesmo.
A visita de Carlos Agostinho do Rosário à província de Sofala termina hoje com um encontro de trabalho com o Gabinete de Reconstrução e Recuperação pós-ciclones Idai e Kenneth, órgão com sede nesta cidade. 
Nesta deslocação, Carlos Agostinho do Rosário faz-se acompanhar pelos vice-ministros da Saúde,  Lídia Cardoso; das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Cecília Chamutota; e pela directora-geral do Instituto Nacional da Gestão de Calamidades (INGC), Luísa Meque.

Frelimo
Unidos, Fazemos Moçambique Desenvolver

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