Joseph Stiglitz considera que gestão estratégica é fundamental no desenvolvimento de Moçambique

O Nobel da Economia 2001 foi o segundo participante desta terceira edição do MOZEFO a intervir na cerimónia de abertura realizada na Arena 3D, na Katembe, cidade de Maputo.
Para Joseph Stiglitz, que se debruçou sobre o tema “Moçambique e o futuro: caminhos para o desenvolvimento sustentável”, o país, num contexto de descobertas de importantes recursos no em Cabo Delgado, deve optar por uma gestão estratégica e inclusiva dos mesmos de modo a alcançar a prosperidade.
Segundo Stiglitz, Moçambique deve pensar num crescimento de qualidade, inclusivo, buscando conhecimento em países que são referência no capítulo da exploração de recursos naturais como gás. Assim, avançou o Nobel da Economia 2001, será possível para os moçambicanos fazerem dos recursos naturais que possuem uma bênção no alcance do bem-estar da população.
Na sua intervenção, Joseph Stiglitz também sugeriu que para Moçambique esta é a altura de pensar como obter o que a Ásia conseguiu com a manufactura no passado. A partir desses ensinamentos, considerando o futuro promissor, o Nobel antevê sucesso para o país se souber apostar na agricultura, aumentando a produtividade do sector, pois é capaz de melhor padrões de vida e o bem-estar das populações.
Mais adiante, já num debate com o economista e antigo Ministro das Finanças, Abdul Magid Osman, o Nobel da Economia defendeu que o mercado e o Governo devem trabalhar juntos, pois o sector financeiro estatal não pode ter melhor desempenho para todos. Assim, avançou haver necessidade de se criar um quadro regulador para os bancos fazerem alocações financeiras a sectores menos privilegiados.
Além disso, Stiglitz entende que Moçambique deve repensar o sistema de educação ou de ensino nas zonas rurais, por exemplo, de modo que os camponeses possam produzir com mais conhecimentos. E porque o país tem um forte potencial agrícola, Stiglitz disse que só se deve recorrer ao estrangeiro para questões que não se consegue produzir a nível nacional.
Neste aspecto, Abdul Magid Osman referiu que raramente o país vende a imagem de que pode se desenvolver se uma família rural moçambicana estiver num nível de vida melhor com o que faz. Com isto, o antigo Ministro das Finanças quis defender a importância de se investir na agricultura e nas pessoas que a desenvolvem.
A seguir, Osman também acrescentou que as PME moçambicanas dificilmente conseguirão consagrar-se por não conseguirem competir com as estrangeiras. Para contrariar essa realidade, sugeriu que se acarinhem mais as PME. Os governos devem ter programas para as PME nacionais de modo que possam crescer: “Muitas PME vão falhar, mas disso também depende o sucesso”, afirmou Osman, aconselhando que se encontre no risco um factor de investimento para intensificar o desenvolvimento.
 Frelimo
Unidos, Fazemos  Moçambique Desenvolver 

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