Arrancam na quarta-feira exames da 10ª e 12ª classes em todo país
Os exames da 10ª e 12ª classes arrancam esta quarta-feira em todo o país. O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) assegura que estão criadas as condições para que as provas decorram sem sobressaltos, principalmente nas províncias de Manica e Sofala, onde ocorrem ataques armados.
Passaram os três trimestres. As avaliações regulares foram todas realizadas. Mas ainda falta uma “batalha”: os exames, até porque, com o novo regulamento, não há dispensas. E quem reprova só uma cadeira com nota inferior a oito valores arrisca-se a não realizar nenhum dos exames e, automaticamente, repete de ano.
“Vamos examinar cerca de 416 mil alunos, sendo que 156 mil da 10ª e 160 na 12ª classe. São alunos que estão distribuídos pelos 1 200 centros de realização dos exames em todo o país”, revelou Feliciano Mahalambe, director-geral do Instituto Nacional de Exames, Certificação e Equivalências.
Por estas alturas, o clima é tenso, a ansiedade, o medo e o nervosismo tomam ganham espaço. E para acalmar os ânimos, há quem está lá para vender os exames antes da sua realização, mas o MINEDH diz estar atento a possíveis fraudes.
“Queremos chamar atenção aos alunos, mas também aos pais e encarregados de educação e aos professores, para que denunciem casos em que aparece alguém a vender exames. O exame não é uma prova para ser vendida”, exortou a fonte.
Para os casos em que já há foram identificados os facilitadores desta prática, o sector da Educação diz estar a ser implacável tanto que, “no ano passado tivemos um caso que envolveu 07 profissionais e que já estão a responder a um processo”, avançou Feliciano Mahalambe.
E nos exames do ensino primário que decorreram há duas semanas, 85 crianças de alguns distritos de Manica e Cabo Delgado não puderam realizá-los devido aos ataques armados, mas para o secundário espera-se que seja diferente.
Mas porque os ataques chegam sem avisar, conforme disse o interlocutor, as Forças de Defesa e Segurança devem se aplicar, pois é sua tarefa garantir segurança. E Mahalambe afirma estarem criadas condições para que os alunos façam os exames em locais seguros. “Desde o período das aulas era assim. Onde as populações estão descolocadas”, os alunos foram afectos às “sedes dos distritos para terem aulas e assim será com os exames”.
O MINEDH não afasta, porém, a possibilidade de alterações do calendário dos exames devido aos ataques no centro do país.
Frelimo
Unidos, Fazemos Moçambique Desenvolver
Comentários
Enviar um comentário